quarta-feira, 1 de junho de 2011

A importância do periódico científico para a graduação



A formação do bibliotecário, arquivista e museólogo, durante a graduação, vem se modificando ao longo dos anos. Inicialmente, os cursos focavam a perspectiva mais cultural ou humanista, ao decorrer do tempo o foco passou a ser a especialização do trabalho, ou seja, uma perspectiva tecnicista, e recentemente as áreas se voltam para o aspecto gerencial. Atualmente os cursos de graduação das áreas estão investindo na formação investigativa e crítica de seus alunos.

A pesquisa científica discente, dos alunos da graduação, pode ser desenvolvida e incentivada em diversas situações: no percorrer da graduação, por meio dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula, na participação dos alunos na iniciação científica (institucional, interna e voluntária), nos estágios extracurriculares e/ou curriculares, na apresentação de trabalhos em encontros científicos (discentes, profissionais), nos trabalhos de conclusão de cursos e na publicação de artigos em periódicos científicos.

Porém, para que o aluno consiga desenvolver a capacidade crítica e investigativa existem, alguns fatores essenciais para o seu sucesso: mudança nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, enfatizando a importância da pesquisa científica, o incentivo a pesquisa discente e a definição de uma política institucional de disseminação e divulgação dessa pesquisa, sejam por meio de criação de repositórios digitais, bibliotecas digitais e periódicos científicos.

O periódico científico possui um papel importante no processo de comunicação científica, pois acrescenta um valor objetivo à comunicação científica, socializa o conhecimento produzido pelos pesquisadores e possui o sistema de avaliação pelos pares, o que garante a qualidade e a veracidade da pesquisa científica.

O lançamento do periódico científico: Múltiplos Olhares em Ciência da Informação trará inúmeros benefícios pra o corpo discente, graduação, da Escola de Ciência da Informação e de outras instituições, pois:

  • Foi um projeto iniciado pelos alunos da própria instituição,
  • Será um mecanismo de comunicação formal para divulgar a produção científica dos alunos de graduação, por meio da publicação de artigos e resumos,
  • Constituirá em um mecanismo de estímulo e incentivo a prática da pesquisa discente,
  • Aumentará a visibilidade da produção discente, pois serão aceitos artigos de outras instituições que contêm os cursos de Arquivologia, Museologia e Biblioteconomia e áreas afins.

O mais importante que, durante o desenvolvimento do projeto até o lançamento da revista, cuja duração foi aproximadamente três anos, foi observado, mesmo de maneira bem tímida, que na Escola de Ciência da Informação, há iniciativas de alguns professores e alunos, na elaboração de propostas para minimizar o problema da produção e disseminação da produção científica discente.

Durante a III Semana de Ciência da Informação vão ocorrer palestras que vão mostrar os principais fatores que interferem na formação da consciência crítica nos alunos de graduação (iniciação científica e estágios). Além disso, ocorrerá uma mesa redonda que contará com a presença dos principais atores para a criação da revista científica Múltiplos Olhares em Ciência da Informação.

A professora Maria Guiomar da Cunha Frota dará a palestra “Ciência da Informação e Iniciação Científica”, a professora Asa Fujino dará a palestra “Estágios: relações entre ensino, pesquisa e prática profissional” e o Lançamento da Revista: Múltiplos Olhares em Ciência da Informação será feito pelas seguintes pessoas: Hugo Oliveira Pinto e Silva, Clovelino Maia de Menezes e a professora Terezinha de Fátima Carvalho Souza.

domingo, 29 de maio de 2011

A formação política: o movimento estudantil e o movimento associativo profissional

A formação politica do bibliotecário, do arquivista e do museólogo se inicia durante a graduação, por meio das ações do movimento estudantil e de disciplinas curriculares que conscientizem a importância da ação coletiva, e continua por meio da atuação das associações, conselhos e sindicatos.

O estudo do processo de construção do perfil político desses profissionais permite compreender como as atuações, de forma coletiva, das entidades de base e de classe veem contribuindo para o desenvolvimento e reconhecimento de suas profissões na e pela sociedade.

Existem fatores que dificultam a construção da postura politica desses profissionais, como sentimento de inferioridade, deturpação da imagem do profissional, a estrutura curricular vigente nos cursos de graduação e a pouca atuação das entidades de base e de classe.

No entanto, para iniciar um processo de conscientização, principalmente, nos alunos de graduação da Escola de Ciência da Informação vão ocorrer, durante a III Semana de ciência da Informação, duas mesas redondas, uma sobre o movimento associativo profissional e a outra sobre o movimento estudantil.

A mesa redonda “Movimento Associativo Profissional” ocorrerá no dia 6 de junho, no período da tarde, e tratará das ações das principais entidades de classes, da arquivologia, museologia e biblioteconomia, mostrando as suas principais ações e conquistas para o desenvolvimento e fortalecimento dessas três profissões. Os palestrantes dessa mesa redonda serão: Gilson Antônio Nunes, Kátia Lúcia Pacheco, Marília de Abreu Martins de Paiva e Welder Antônio Silva.

A mesa redonda “Movimento Estudantil” ocorrerá no dia 7 de junho, no período da tarde, e tratará sobre o movimento estudantil dos cursos de graduação, mostrando as suas principais ações e conquistas, e discutiremos a atuação do Diretório Acadêmico Lydia de Queiroz Sambaquy, durante os seus 54 anos existência. Os palestrantes dessa mesa redonda serão Hugo Oliveira Pinto e Silva e Alessandro Augusto.